MAIOR CAVERNA DA AMAZÕNIA É POUCO EXPLORADA

Para quem encarna o verdadeiro espírito do turismo aventura, pode desfrutar das belezas naturais das cavernas espalhadas em todo o Oeste do Pará, que hoje concentra mais de 100: a maior concentração de cavernas de arenito do Brasil. Entre elas, tem uma que encanta quem já esteve lá. A caverna batizada de paraíso, por ser um verdadeiro santuário ecológico.
Chegar lá não é tarefa muito fácil, é preciso que o aventureiro tenha disposição para enfrentar as trilhas úmidas que levam até a caverna que está localizada distante 87 km de Itaituba, varando pela Rodovia Transamazônica (BR 230), trecho que fica entre Itaituba e Ruropólis, sendo necessário ainda vencer mais 15 quilômetros entrando pela esquerda na estrada Vicinal Transforlândia (Município de Aveiro).
Mas a trajetória difícil é compensatória pela beleza apoteótica proporcionada pela caverna, que tem em sua entrada coordenadas de 04º 04´04 S 55º 26` 45”W entre os igarapés Baixa fria e Jibóia.
A caverna paraíso que faz jus ao nome, é constituída toda de calcário, apresentando mais de 300 metros quadrados de salões e galerias com diversos espeleotemas, tais como: estalactites, estalagmites, cortinas. Mas além dessa paisagem deslumbrante quem tiver o privilégio de entrar em contato com esse verdadeiro espetáculo da natureza, ainda sairá encantando com o rios subterrâneos, que são formações típicas de cavernas em rochas calcárias.
Além do mais há um diferencial para a caverna paraíso em relação às outras encontradas em vários municípios do Oeste do Pará. Ela e considerada oficialmente como a primeira caverna em calcário catalogada na Amazônia. Mas além desse fator de relevância, ela foi à única caverna do Oeste do Pará visitada por uma pequena expedição patrocinada pela National Geográfic Society. A expedição realizou na Caverna paraíso localizada nos territórios de Itaituba Ruropólis um mapeamento técnico onde cerca de 600 metros foram mapeados e novas galerias foram exploradas.
Segundo relatórios da expedição que percorre todo o país nesse tipo de trabalho, o potencial da caverna Paraíso, toda em calcário, está estimado numa distância de 2 km, o que a colocaria no podium de maior caverna identificada da Amazônia. Segundo os integrantes da expedição a distância e as intempéries foram os principais obstáculos até a chegada na caverna. Outras cavernas bem menores também foram cadastradas na época, mas nenhuma na dimensão da caverna Paraíso.
O Aventureiro Itaitubense Rodrigo Ilgenfritiz Laércio, adepto do hoby de superar obstáculos naturais e que chamou a atenção do país ao escalar recentemente o Pico da Neblina, traduzindo sua ida recente a caverna Paraíso, relata a experiência como ”algo indescritível, que só quem estiver lá poderá avaliar com profundidade.” e a aconselha que mais pessoas visitem a caverna.