Processo seletivo eleva número de ACS

O Processo Seletivo para escolha de novos Agentes Comunitários de Saúde 2006, contou com presença de muitos candidatos, tanto para o cargo de titular quanto de suplente e, na avaliação dos coordenadores locais, superou todas as expectativas. De acordo com a coordenadora do PACS em Itaituba, enfermeira Neyla Franciane Couto Cavalcante compareceram 282 candidatos para a disputa de 33 vagas de expansão e 39 de reposição. Segundo a Enf. Neyla, apenas as comunidades Nova Brasília e Ipiranga I, não enviaram representantes, no entanto posteriormente terão seus representantes dentro do mesmo critério de seleção. Quanto à seleção dos novos agentes, a mesma aconteceu em duas etapas, sendo primeira a parte foi escrita e a segunda com entrevista coletiva, valendo nota mínima de 5 para o postulante a função de agente.
Escolha - Desfazendo alguns equívocos, a enfermeira chefe do PACS, esclareceu que não se tratou de um Concurso Público, sendo que muitas das pessoas que participaram do processo seletivo foram indicadas por suas próprias Comunidades e Associações de Bairros, onde se submeteram aos critérios de seleção que são todos montados e elaborados por Brasília. Até mesmo o trabalho de seleção foi realizado por técnicos da 9ª Regional de Santarém, tendo a coordenação local dado todo apoio logístico durante a realização do processo, contando com a fiscalização do Conselho Municipal de Saúde.
A expectativa das vagas foi atingida no processo seletivo sendo que dos 282 inscritos, 274 entre suplentes e titulares foram aprovados. Quanto ao número de agentes de saúde que são destinados aos municípios, à enfermeira chefe Neyla Franciane, explicou que o critério técnico é baseado no número populacional, e, uma vez que o de Itaituba (embora com contestações) é baseado no último censo do IBGE, que oficialmente estipula 96.24 mil habitantes, o quantitativo atual de agentes de saúde está atuando desde 1992, isto é, baseado no antepenúltimo censo. Todavia, desde este período até os dias atuais, com o crescimento geográfico, com a criação de novos bairros e conseqüente com o aumento da população, a demanda de novos agentes tornou-se necessária, redundando no processo seletivo que foi concluído recentemente.
Sobre a atuação dos novos agentes, eles serão submetidos a um curso introdutório de preparação, elaborado e executado pela Coordenação Municipal de Agentes, após essa etapa eles receberão os uniformes e todo material de trabalho, só então juntar-se-ão aos demais agentes que já se encontram campo, divididos entre a zona urbana e a zona rural. Quanto ao trabalho em si uma das agentes de saúde que já atua há cerca de dez anos trabalhando no Bairro Perpétuo Socorro, disse que no início foi muito difícil, Maria da Silva Socorro, então repassa um pouco de sua experiência “as pessoas, que inicialmente, nos recebiam com grosseria, não davam atenção, mudaram. Hoje somos bem atendidos e mais valorizados, já conheço quase todo mundo do bairro”.Reforçando as informações sobre o programa Neyla Franciane, esclarece que do total das suplências (300), as vagas serão preenchidas automaticamente sempre que houver necessidade, o que garante integralmente a atividade do Programa Agente Comunitário de Saúde, que é um importante instrumento de intercâmbio entre os bairros, com unidades interligadas à Secretaria de Saúde, já que o agente é quem conhece e convive diariamente com os problemas das pessoas da área onde ele atua.